
Eduardo Garcia
Sempre escutei muita musica, desde sempre. Deitava no chão da sala com os fones de ouvido do meu tio e ouvia um disco atras do outro. Não era coisa de criança, mas era o que eu mais gostava. Ficava impressionado quando assistia a um filme ou a um documentário onde aparecia um estúdio de gravação, porque eu nem entendia bem o que era mas sentia que era isso que eu queria. Lá em casa sempre foi muito musical embora ninguém fosse músico, todos éramos apaixonados pela musica. Era uma casa eclética, isso não se pode negar, ouvíamos muito samba, tango, fado, mpb, musica francesa e também um rock de vez em quando. Foi assim que tudo começou pra mim. Morávamos em um bairro operário e eu não tinha a menor ideia de como conseguiria trabalhar num estúdio, então decidi tocar bateria. Pensei que encurtaria esse caminho. Deu certo.
Aos 17 anos entrava no primeiro estúdio para gravar uma musica. Me lembro muito bem do corredor que percorremos até sua porta, da iluminação muito particular dos estúdios, e daquele clima que não existe em outro lugar. É isso que me fascina até hoje. Bem, cheguei até aqui, consegui descobrir o caminho, e mal sabia eu que nesse mesmo estúdio, 10 anos depois, começaria a minha vida com o áudio.
Foi nos estúdios Anonimato de fevereiro de 2001 até seu encerramento em dezembro 2006, onde aprendi o que era um estúdio de verdade. E que estúdio! O Clement Zular, seu projetista, com quem em especial trabalho até hoje, pensou nos mínimos detalhes. Era um lugar incrível. Ele também me levou para gravar orquestras, trilhas sonoras, film scoring e tenho certeza de que estou ao lado de um dos maiores conhecedores no Brasil sobre o assunto.
Em 2004 conheci a turma da Audiomobile onde tive a sorte de trabalhar com Egidio Conde, Luiz Leme e Fernando Ferrari, outra escola incrível. Pude viver toda a adrenalina da gravação ao vivo. Tudo tinha que ser muito seguro e certeiro, não existia a opção do "não gravou" ou "faz de novo". Foram muitos discos, DVDs e transmissões ao vivo que trabalhei, uma época muito rica em conhecimentos e amizades.
A essa altura já estava na estrada, mixando shows, afinal a adrenalina era muito parecida e bem vinda. O áudio enfim estava presente em diversas formas para mim. Era ai onde eu queria chegar.
Também passei por outros estúdios como o Bom Pastor com o Paulo César Baruk, o Sun Trip e o FXStudios do meu amigo Durval da Gama. Todos com experiências impares para troca de conhecimento.
Hoje tenho o MobyDick Audio Music um lugar especial onde fico mais a vontade, afinal vou montando do meu jeito, da forma mais confortável e eficiente para mim e, importante também, dentro da minha casa me deixando presente na vida da minha família o maior tempo possível. Aqui ja trabalhei em muito áudio legal e importante.
Sou feliz aqui e sigo.



